Destino

Como adoro o pensamento
De ficar sozinho sem tormento
Consciente do meu talento
Partindo atrás de um novo momento

Movido por um desconhecido processo
Embarco no destino, meu em excesso
De procurar uma nova nobre causa
Sem primeiro arrumar a minha pobre casa

É um reflexo
De ego modesto
Pois quando encontra a minha cidade bela
Nada mais serei que um deserto

De ruínas que um dia
Foram algo digno de contemplo
E urge-me o tempo que finda
De um Fado que precisa que eu o alimente

Por isso, está na hora
De ignorar o que por dentro arde
Porque o meu agora é a minha história
E ser o farol de uma alma náufraga é a minha arte

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