Observo e Questiono; o objectivo é melhorar.

Todos os dias ponho em causa a minha forma de ser, a minha forma de pensar, a minha forma de agir. Todos os dias concluo que não estou de todo errado, mas poderia melhor um ou outro aspecto, como o facto de ter a tendência de arrastar as coisas até à última da hora (cumpro prazos, mas podia fazer as coisas de forma mais calma) ou não dizer mais vezes o que realmente penso. Se o primeiro é uma questão de atitude, o segundo é mais complicado de mudar porque as minhas palavras têm alvos específicos e o alcance destas palavras é bastante grande por causa da quantidade de pessoas que afecta. É uma espécie de maldição de Midas.
Não deixa de ser curioso observar certas coisas que vão acontecendo. Pessoas que se davam bem com toda a gente e que faziam do mundo um lugar melhor, hoje em dia conseguirem arranjar conflitos com toda essa gente que gostava das pessoas por culpa das influências. Sim, as influências.


Porquê as influências? Reparemos no seguinte: há quem diga que eu sou uma pessoa negativa, que essa minha negatividade os afecta e que tem tendência a puxá-los para baixo, mas...essas mesmas pessoas ganham mais força, ficam mais positivas, mais confiantes tendo-me por perto. No outro lado da bancada, temos as pessoas que me dizem que eu sou uma boa influência, mas quando trocam a minha influência pela de outra pessoa...caiem vertiginosamente ao ponto de ficarem fechadas num mundo solitário, num mundo onde se sentem sozinhas, onde se tornam...negativas.

Não quero com isto dizer que sou uma boa influência, pelo contrário, julgo-me uma má influência, mas não será caso para pensar? É que já vi pessoas nas mesmas condições agirem de formas distintas comigo Presente e comigo Pretérito Imperfeito. Quero com isto dizer que, comigo Presente, não havia espaço para o negativismo; comigo Pretérito Imperfeito, lá vai aparecendo um negativismo pouco comum, um sentimento de solidão que não se explica lá muito bem.

Há que valorizar as coisas boas. E verdade seja dita, tenho-me rodeado de coisas boas e tenho feito para que as pessoas à minha volta sejam felizes, mesmo que algumas delas um dia me deixem para trás. Só que há uma minoria (conto pelos dedos de uma mão) que não me parece que o vá fazer.

Será que sou eu que estou errado?



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